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11 de mai. de 2007

Edson de Souza Ribeiro ficou dois dias amarrado no mato

Político de Ipaba exige que atentado sofrido seja apurado

Edson de Souza Ribeiro ficou dois dias amarrado no mato e acredita que o crime teve conotação política

IPABA – “Vai sentir aos pouquinhos o que é bom pra tosse”. Esta é a frase que não sai da cabeça do promotor de vendas Edson de Souza Ribeiro, de 35, o ‘Edinho’, que ficou dois dias amarrado em um matagal próximo à lagoa do Piau, no município de Caratinga. Presidente do PDT e do CDL de Ipaba, a vítima foi atacada por homens desconhecidos na sexta-feira (04) e encontrado por um trabalhador rural na tarde de segunda-feira (07).

Em entrevista ao jornal VALE DO AÇO, em uma casa em Ipatinga – por medidas de segurança endereço não será citado –, Edinho contou que não acreditava que sobreviveria a tudo o que passou. “Pensei várias vezes que seria morto e tenho certeza de que Deus me ajudou. Por mais problemas que a gente tem, muitas pessoas não entendem a nossa posição política”, comentou atribuindo o atentado a crime de conotação política.

Ele disse que foi atacado quando ia para a casa do amigo, o ex-vice-prefeito de Ipaba, Edmar Mário. “Eu passei por um carro que estava ligado quando uma pessoa me chamou. Ela saiu do carro com outra pessoa, ambas encapuzadas, me apontaram uma arma e me jogaram dentro do carro, um Gol ou GM Kadett. Eles não falaram nada”, lembra Edinho.

O político lembra que ficou numa casa, após rodar uns 50 minutos sem ver para onde ia. “No local, senti cheiro ruim. Lá havia mofo e era silencioso. Pouco mais de um dia depois, me levaram para outro lugar e me amarraram com muita força atrapalhando minha circulação sanguínea”, conta.

O político lembra que um dos marginais disse que ele iria morrer aos pouquinhos. “Neste momento, cheguei a perguntar quem foi que mandou fazer isso comigo, já que seria morto mesmo. Foi aí que me agrediram, deram chutes e murros. Nesta hora, veio à minha mente que iria morrer mesmo. Pensei até que seria jogado na água. Mesmo assim, imaginava o que fazer para fugir, mas me deixaram apenas de cueca no matagal, com pernas e braços amarrados, olhos vendados e mordaça na boca, pra morrer aos poucos. Com fome e sede, ao ser resgatado, desmaiei e acordei dentro da ambulância do Samu”.

Política
Edinho disse que participou da última eleição para prefeito, o que lhe rendeu muitos problemas políticos. “Nós brigamos, lutamos, mas queremos o melhor para Ipaba. Peço a Deus pra me guardar e acredito que fui salvo por Ele”, disse o promotor de vendas que exige a apuração da polícia neste caso.

Voz do Povo

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