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13 de fev. de 2009

Penitenciária Denio Moreira de Carvalho




Penitenciária de Ipaba entre as cinco melhores do Brasil
Detentos da unidade penal recebem atendimento jurídico, psicológico, social e médico, além de estudarem e trabalharem...
Na Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, os presos trabalham nas áreas da marcenaria, tornearia mecânica e várias outras oficinas
IPABA – Considerada modelo em todo o Brasil, a Penitenciária Dênio Moreira Carvalho, em Ipaba, comemora a marca de mais 88% da população carcerária trabalhando ou estudando. A meta é chegar a 100% dos presos com algum ofício até o final de 2008. Inclusive, um dos detentos, R.O.B., está cursando Farmácia na Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac), no Bairro Bethânia, em Ipatinga.
Não é a toa que a penitenciária foi apontada como a quarta melhor unidade prisional do país pelo relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Carcerária, deputado Domingos Dutra (PT/MA), na (24) na Câmara dos Deputados.
A melhor unidade selecionada no documento é a APAC de Belo Horizonte. Com capacidade para 348 detentos, a Penitenciaria de Ipaba mantém, atualmente, 339 presos nos regimes aberto, semi-aberto e fechado e desenvolve uma extensa frente de trabalho, com parceiros importantes da região.
Nas oficinas da penitenciária, os presos produzem peças automobilísticas até para grandes montadoras, em função da qualidade dos produtos lá fabricados. Os detentos em Ipaba também trabalham em fazendas da região, confecções e produzem artesanato em troca de salário e remissão da pena. Em média 86,2% dos presos trabalham nas áreas da marcenaria, tornearia mecânica, padaria, lavanderia industrial, fabricação de uniformes, serralheria, criação de gado, porcos e galinhas, fábrica de tijolos ecológicos, reciclagem do lixo, entre outras. E 45,9% estão concluindo os estudos, matriculados no ensino fundamental ou médio.
Além disso, a penitenciaria presta atendimento jurídico, psicológico, social, médico, assistência religiosa e faz acompanhamento das famílias dos presos residentes em Ipaba. Há seis anos sem rebeliões, motins ou fuga, a Penitenciaria Dênio Moreira Carvalho tem vários motivos para ser considerada modelo nacional no processo de ressocialização de presos.
Duas histórias Duas histórias de detentos se destacam como exemplos de superação e provam que é possível resgatar a cidadania dentro de uma unidade prisional. Geasi da Silva, preso por homicídio, tráfico e uso de drogas em Belo Horizonte, deixou a vida criminosa para trás. Hoje, é trabalhador e cantor gospel. Já gravou três CDs que, juntos, venderam mais de 3.000 cópias, e é solicitado com freqüência pelas igrejas evangélicas da região para fazer apresentações musicais e testemunhar sua recuperação.
Rogério José Amaral dos Santos, o Rogerão, foi preso por tráfico de drogas e era integrante da quadrilha do conhecido traficante Fernandinho Beira-Mar. Hoje, trabalha na penitenciária fabricando sofás, roupas íntimas e bordados.
A produção de peças íntimas foi uma sugestão dele. Segundo Rogerão, sua mãe foi costureira a vida toda e por isso conseguiu ver nas sobras dos tecidos utilizados na produção de tapetes a possibilidade de fazer as peças íntimas. No início, as peças eram vendidas para os funcionários e para as mulheres dos presos, que, agora, levam as peças para vender fora da penitenciária. Ele, também, ensina os outros presos a fabricar e restaurar sofás.
Rogerão afirma que hoje a vida o ensinou que o crime não compensa. “Aprendi o meu valor através da dor e do trabalho e agora sei que tenho capacidade de ganhar tanto dinheiro, quanto, quando estava no tráfico, através do meu trabalho. Ao invés de construir presídios é necessário construir homens novamente.
E isso será feito através do trabalho”, diz. Rogerão conta que montou uma confecção que fabrica bermudas, tapetes e roupas íntimas, que é administrada pela mãe. Após sair da cadeia, pretende investir no negócio e repassar aos filhos os ofícios aprendidos no período em que esteve preso.
Segundo o diretor da penitenciaria, Adão dos Anjos, que é ex-seminarista, formado em Direito, em Contabilidade e trabalhou como policial militar durante 42 anos, o sucesso da unidade é resultado do cumprimento fiel da Lei de Execuções Penais, que garante aos presos o direito ao trabalho, educação, religião e respeito, independente da gravidade do crime.
“A Dênio Carvalho se compromete com a ressocialização dos detentos e mantém o respeito e a ética acima de tudo. A ressocialização tem jeito? Tem jeito sim. E nós estamos fazendo isso aqui.”, afirma o diretor da unidade.
Conheça lista de dez melhores presídios no país elaborada pelo relator da CPI Carcerária 1 - Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC), de Belo Horizonte; 2 - Unidade Prisional Regional Feminina Ana Maria do Couto May, em Mato Grosso; 3 - Papudinha, em Brasília; 4 - Penitenciária de Ipaba (MG); 5 - Centro de Detenção Provisória de São Luís; 6 - Penitenciária de Segurança Máxima do Espírito Santo; 7 - Penitenciária Feminina de São Paulo; 8 - Penitenciária Feminina do Rio; 9 - Presídio do Piauí; 10 - Presídio de Segurança Máxima de Presidente Bernardes.
Fonte: Jornal Vale do Aço

9 de fev. de 2009

Tragédia em Ipaba/MG

Ajudante Mata Ex Cunhado Com 20 Facadas


IPABA - O ajudante Elias de Souza, 29, está sendo procurado pela polícia, acusado de matar com vários golpes de faca o ex-cunhado Lielson Rodrigues da Silva, o “Carioca”, 28, que havia saído recentemente do
Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Ipatinga.O crime ocorreu na rua Dom Cavati, no bairro Nossa Senhora das Graças, em Ipaba, no fim da noite de anteontem, após Lielson discutir com a ex-mulher, Keila Cristina de Souza, 22. O casal estava separado havia alguns meses e, segundo Keila, o ex-marido não aceitava o rompimento.“Eu já entrei com os papéis do divórcio. Nós nunca vivemos bem, eu era agredida até quando estava grávida”, revelou a mulher em conversa com o DIÁRIO DO AÇO, mostrando o braço esquerdo que teria sido machucado numa agressão de “Carioca” com uma pedra. O casal teve três filhos, o mais velho com quatro anos de idade e o caçula com apenas quatro meses.
Na noite do crime, “Carioca” tinha ido até a casa da ex-mulher para ver os filhos. Ele estava com sintomas de embriaguez, conforme Keila, que não permitiu que o ajudante ficasse com as crianças. Esse foi o motivo para a última briga do casal. Na discussão, Lielson teria pegado algumas pedras e jogado na ex-mulher, que conseguiu fugir correndo para a rua. Em seguida, Lielson começou a bater na janela da casa da família da ex-mulher, discutindo com o irmão de Keila, que saiu de casa para ver o que acontecia e acabou cometendo um assassinato. “Carioca” teria colocado a mão na cintura, simulando estar armado, segundo testemunhas ouvidas por policiais militares. Ele ainda teria ameaçado matar Elias, dizendo a seguinte frase: “Adianta aí, pra você morrer.”
Também nervoso, o irmão de Keila pegou uma faca peixeira dentro de casa e resolveu se atracar com seu ex-cunhado. Durante a confusão, a vítima caiu sobre um monte de arame farpado. Sem chances de se defender, “Carioca” recebeu várias facadas na região do tórax e pescoço. “Cheguei a voltar ao local e presenciei o crime. Meu irmão perdeu a cabeça diante do problema constante”, contou Keila. O acusado fugiu com a arma do crime e até o início da noite de ontem ainda não havia sido localizado pela Polícia Militar. O corpo de “Carioca”, que ficou estendido sobre o arame farpado, ao lado da casa de sua ex-mulher, foi levado para o IML de Ipatinga, onde a necropsia apontou o tamanho da violência do crime. Foram 20 facadas, quase todas em pontos vitais, conforme o auxiliar de necropsia Francisco Abelardo. Os golpes atingiram pescoço, tórax, braços e axila da vítima. O corpo foi velado na igreja Assembléia de Deus - Ministério do Rio de Janeiro, seu sepultamento sucedeu no cemitério municipal de Ipaba.
A família da vítima disseram à reportagem que esperam a justiça de Deus. E como são evangélicos, estão prontos para perdoarem o assassino.

Voz do Povo

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