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13 de out. de 2010

Curso Profissionalizante na Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho

Wôlmer Ezequiel


A Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba, se prepara para instalar mais um curso profissionalizante, de solda.

O curso vai somar-se aos já ministrados na unidade prisional, a fim de garantir aos apenados uma profissão após o cumprimento da pena.

O curso de solda visa atender a uma demanda do mercado, que sempre apresentou carência de mão de obra neste setor.


A sala onde será ministrado o curso está sendo preparada pelos próprios presos, e a expectativa é que o treinamento comece nas próximas semanas.

O curso profissionalizante oferece boas oportunidades para aqueles que entram no regime semi-aberto (em que o preso trabalha de dia e retorna à noite para a unidade prisional).

Conforme a norma, quando conseguem um emprego do lado de fora, a cada três dias trabalhados é descontado um dia no total da pena.

O monitor do curso será um detento que já tem experiência na área. Juarez Rodrigues Costa Junior, 24, está recolhido há um ano e cinco meses ano na penitenciária Dênio Moreira.
Antes de ser preso, ele havia se formado na profissão e conseguido um emprego. Agora, vai utilizar a experiência para ensinar outros detentos. “O que eu mais preciso é da apostila e dos equipamentos para ensinar os alunos. Acredito que não terei dificuldade”, disse, acrescentando os planos para o futuro. “A minha meta, quando sair daqui, é fazer um curso de solda nível 2. Existe mercado, mas faltam profissionais”, afirma.



Walter Lages da Silva, 34, condenado a 11 anos de prisão por assalto, é um dos alunos inscrito do novo curso. Aos 14 anos começou a trabalhar como serralheiro, depois fez um curso profissionalizante e trabalhou em várias empresas.



“O curso de solda tem a ver com a minha profissão de serralheiro e o mercado precisa deste tipo de profissional. Meu objetivo é sair daqui, nunca mais usar esse uniforme da Suapi e cuidar dos meus filhos”, disse.


Wôlmer Ezequiel


Adão: “Entre ficar 22 horas em uma cela, o preso prefere ter uma atividade dentro da unidade”

O pai de Juarez, Francisco Sena, vê a atividade desenvolvida na Penitenciária Dênio Moreira como modelo a ser seguido, e destaca a importância do trabalho como forma de dar oportunidade real de recuperação, conforme estabelecido na Lei de Execuções Penais.

“Diferentemente do que muitas pessoas pensam, no ‘Positivismo Jurídico’ a pena por um crime não tem caráter apenas punitivo, mas deve cuidar da chance de recuperação da pessoa. Isso porque a maioria dos condenados vai cumprir uma pena e voltar para a sociedade. Se não estiver preparada, vai reincidir no crime”, considera.


Resultados

A assistente social da Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, Cristine Maria de Oliveira Lima, disse que os cursos profissionalizantes oferecidos pela unidade fortalecem a ressocialização dentro da prisão.


“Existe fila de espera. Todos ficam interessados em fazer os cursos, pois é uma oportunidade que os detentos têm para quando sair da prisão”, resume.


Wôlmer Ezequiel



Juarez (à esquerda) será responsável em ministrar o curso



O diretor da penitenciária, tenente Adão dos Anjos, enfatiza que os presos que saem da unidade prisional para o trabalho são bem recebidos pelas empresas da região. “Porque eles já saem daqui qualificados e a maioria já trabalhou em alguma empresa antes de terem cometido algum delito. Nós estamos provando para o Brasil a eficiência de ressocializar um detento”, disse.



Outro curso em andamento é o de corte e costura. O treinamento começou em maio de 2005 com 22 alunos. Dentro da oficina são fabricadas seis mil peças de calças e bermudas por mês, que são encaminhados à Suapi (Subsecretaria de Administração Prisional de Minas Gerais).

De lá, os uniformes são encaminhados para todas as unidades prisionais administradas pela instituição. “Entre ficar horas à toa em uma cela, o preso prefere ter uma atividade dentro da unidade. E quem ganha com isso é ele mesmo, a família e o sistema prisional”, conclui Adão dos Anjos.

 

Repórter : Gizelle Ferreira

11 de out. de 2010

Estrada de Ferro Vitória a Minas  

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Trem 
O Trem de Passageiros da EFVM é o único que realiza viagens diárias e de longa distância no Brasil. Passando por cidades históricas, às margens do Rio Piracicaba e do Rio Doce, em Minas Gerais, ele chega até as praias do Espírito Santo. A viagem de 664 quilômetros entre Belo Horizonte e Vitória tem duração de 13 horas, aproximadamente. 
Para mais conforto e comodidade, o trem conta com ar-condicionado, carro lanchonete e carro restaurante, além de um vagão exclusivo para portadores de necessidades especiais. O atendimento da equipe de bordo é realizado em todos os ambientes.
E para quem busca também uma viagem de conhecimento, entretenimento e cidadania, o projeto Teletrem – parte do Programa Educação sobre Trilhos – uma parceria da Vale com o Canal Futura e o Sesi, os vagões são equipados com monitores de televisão que exibem uma programação educativa desenvolvida de acordo com a realidade local. Noções de segurança, prevenção de acidentes e destinação do lixo são alguns dos temas abordados.

O percurso

Todos os dias, dois trens de passageiros circulam pela EFVM. Um sai de Cariacica, na região metropolitana de Vitória, às 7h, chegando a Belo Horizonte por volta de 20h10. O outro parte da capital mineira às 7h30 e encerra a viagem às 20h30, na capital capixaba. Há também um trem que realiza o percurso entre as cidades de Itabira e Nova Era e faz conexão com os dois trens da linha principal.
Em funcionamento desde 1907, o Trem de Passageiros incentiva o turismo na região e contribui para integrar e desenvolver comunidades. Somente no ano passado, foram transportadas 925 mil pessoas nos trens da EFVM.

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10 de out. de 2010

Rio Doce, um pedacinho de Ipaba/MG


Voz do Povo

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