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11 de ago. de 2010

Homem surta e mata mulher “endemoniada” Suspeito matou a vítima com golpes de tamborete na cabeça em Ipaba.

IPABA - Está recolhido no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Ipatinga desde o domingo (08), o ajudante José Geraldo da Silva, 32. Ele confessou que matou a golpes de tamborete a mulher, Marli Moreira da Silva, 46, na madrugada do mesmo dia na avenida José Rodrigues de Almeida, no Centro de Ipaba. O rapaz alegou que a vítima estava com o “demônio” no corpo.
O acusado conversou com o DIÁRIO DO AÇO ainda na 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (DPRC) de Ipatinga. Ele disse que durante a tarde de sábado, passou algumas horas bebendo cachaça com a mulher. Na parte da noite, colocou hinos evangélicos e leram a Bíblia. “Ela começou a mudar o jeito de olhar e os dentes começaram a sair”, contou o ajudante.
Já durante a madrugada, segundo José Geraldo, ele sentiu algo estranho quando a mulher partiu para cima dele. “Parece que algo entrou em mim e tentei matá-la por estrangulamento. Ela escapou, mas peguei o tamborete jogando nela. Em seguida, dei os golpes”, relatou o ajudante de forma fria, alegando apenas que está arrependido e informou que não usa medicamentos controlados.
Ele não fugiu e inclusive abriu a janela gritando para os vizinhos que havia uma “mulher” morta na casa. Os policiais militares foram acionados realizando a prisão de José Geraldo, que não demonstrou nenhuma agressividade e se entregou calmamente. O tamborete, com marcas de sangue, foi apreendido.
Os peritos Roberto Ferreira e Hebert De Mingo realizaram a perícia na casa onde ocorreu o crime, liberando o corpo para o Instituto Médico-Legal (IML) de Ipatinga. O cadáver foi liberado no início da tarde de domingo para ser velado e o enterro ocorreu na manhã desta segunda-feira no Cemitério Municipal de Ipaba.

Testemunha
A vítima tinha uma filha e cuidava da sua madrinha de batismo, a aposentada Maria Sebastiana Natividade, 72, que não anda após fraturar um fêmur e só se desloca em cadeira de rodas. “Eu vi o momento que ele (José Geraldo) obrigou minha afilhada comer uma cabeça de alho. Depois de bater o tamborete nela, ele chegou pra me bater e eu disse ‘Jesus, toma conta de mim’ e desistiu”, lembrou.
A aposentada relatou que o rapaz depois de matar Marli, com a qual morava há três anos, sentou-se na cama e passou a enrolar um cigarro de palha. A mesma calma que apresentava na delegacia ao prestar depoimento para o delegado de plantão Alcides Prezotti, que autuou o ajudante em flagrante pelo homicídio e determinou sua remoção para o Ceresp.

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Voz do Povo

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