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27 de ago. de 2011

Manifesto público contra ameaças verbais e físicas

Campanha contra o bullying toma as ruas de Ipatinga neste sábado


Janete Araújo

O PASTOR RENÉ Henríquez e a esposa Zélia dos Santos, diretora do Ministério da Mulher e realizadora do movimento no Vale do Aço
IPATINGA - Neste sábado (27) as Igrejas Adventistas realizam a campanha sul-americana “Quebrando o silêncio”, que tem por objetivo acabar com a violência (bullying) nas escolas. E a região está integrada na programação que prevê a realização de uma série de atividades públicas. O que começa com um simples apelido ou uma brincadeira de mau gosto pode gerar graves consequências psicológicas e resultar até mesmo em condenação judicial.

O bullying, que na tradução para o português significa ameaçar, oprimir, amedrontar, intimidar, tornou-se prática comum em algumas escolas, podendo gerar dores de cabeça para pais e professores, além de causar traumas psicológicos na vítima.

Na região do Vale do Aço, as igrejas de Ipatinga, Coronel Fabriciano, Mesquita, Ipaba e Santana do Paraíso participam da campanha.

Logo pela manhã, às 9 horas, a Igreja Adventista Central localizada na Avenida João Valentim Pascoal realiza uma palestra voltada para conscientização de membros e visitantes, explica o pastor René Henríquez: “A palestra visa principalmente discutir a importância de todos participarem, pois é um assunto que acaba por afetar a todos que são ligados às crianças e adolescentes na nossa região”, enfatiza.

Ele ainda esclarece que “logo após participarmos da palestra sairemos em caminhada pelas ruas do Centro de Ipatinga, onde distribuiremos para os transeuntes panfletos e revistas que falam do tema e como evitar o bullying. Enquanto isso acontece, a Igreja Adventista do Bairro Veneza faz uma grande concentração no Parque Ipanema”, adiantou.

A diretora do Ministério da Mulher e realizadora do movimento no Vale do Aço, Zélia dos Santos Araújo, 52 anos, que mora no Bairro Bela Vista, diz que outra atividade que vai também acontecer neste sábado e que trata da conscientização contra a violência nas escolas é uma palestra marcada para as 13h30, que ocorrerá na Escola Municipal Vilma de Faria, do Bairro Betânia. Para Zélia dos Santos “este é o começo de um movimento que pode vir a se expandir no futuro com participação das entidades de classes e sociedade organizada em geral. As pessoas não podem ficar caladas e devem perder o medo de denunciar. Já temos o site www.quebrandoosilencio.org.br, que recebe denúncias sigilosas. Tirar uma criança ou adolescente dessa situação é uma demonstração do amor e respeito ao próximo”, acredita.

Leis contra a violência
Em Coronel Fabriciano, a vereadora Andréia Botelho é autora do projeto de lei número 1992/2011, que está tramitando e que institui a Semana de Prevenção ao Bullying nas escolas do município. Já em Ipatinga existe a lei 2739, de 16/08/2010, de autoria do presidente do legislativo, Nardyello Rocha, que dispõe sobre a política antibullying nas instituições de ensino no Município. Ela condiciona a rede de ensino pública e privada e também creches e redes conveniadas de Ipatinga à política antibullying.


Pesquisa mostra que 21% dos
casos acontecem nas escolas

Uma pesquisa nacional sobre bullying (agressões físicas ou verbais recorrentes nas escolas) mostrou que a maior parte do problema (21% dos casos) ocorre nas salas de aula, mesmo com os professores presentes. Dos 5.168 alunos de 5.ª a 8.ª séries de escolas públicas e particulares de todas as regiões do País entrevistados, 10% disseram ser vítimas de bullying e 10%, agressores. Três por cento são ao mesmo tempo vítimas e agressores. 

Já a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do ano passado, apontou Curitiba como a terceira capital com maior número de casos de bullying (35,2%). O estudo indicou também que Brasília é a capital com maior índice (35,6%). Belo Horizonte ficou em segundo lugar (35,3%).
Fonte: JVAOnline

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